Ter receita com valores que variam todos os meses não é exclusividade de vendedores e representantes comerciais. Corretores de imóveis, advogados, dentistas e muitos profissionais liberais ou autônomos também passam por isso. Na maioria dos casos, conseguem dar conta das despesas mesmo em meio a uma renda flexível.

Mas não é todo mundo que consegue viver de comissões sem um planejamento financeiro e controle do orçamento. É o seu caso? Confira então as cinco dicas que preparamos e pare de uma vez de se preocupar com dinheiro.

1. Pé no chão

A primeira dica valiosa para as finanças de um profissional que convive com renda variável é não se iludir com os meses prósperos em que as receitas aumentam com comissões extras, bônus e premiações. Tente calcular a renda a partir do rendimento líquido nos últimos 12 meses, por exemplo, ou de uma média baseada nos menores salários ao fim de uma temporada.

2. Gastos na ponta do lápis

Se para qualquer pessoa é importante anotar os gastos, para quem tem renda variável é ainda mais. Saiba, primeiro, quais são suas despesas fixas, as contas de água, luz e telefone, o colégio dos filhos, as prestações de algum bem ou dívida que tenha adquirido. E tenha cuidado com os gastos variáveis. Mantenha-os anotados no celular, tablet ou na carteira mesmo. Você pode se surpreender ao somá-los no fim do mês.

3. Faça as contas

Os valores resultantes de renda média mensal menos as despesas fixas e variáveis serão as bases para o cálculo do seu orçamento. O rendimento extra que não está contabilizado como receita servirá para a quitação de débitos como: o conserto do carro, reparos na casa ou algum outro tipo de gasto inesperado. É bom preparar uma reserva para gastos que se repetem periodicamente, como o IPVA, presentes para os filhos e amigos.

4. Invista no futuro

Quem está com as contas em dia pode focar em um plano de previdência (importante principalmente se o desconto da previdência pública não for feito no total de suas receitas mensais) e outros investimentos. Quem sabe uma reserva para momentos de imprevisto ou mesmo um plano para realizar sonhos maiores, como uma grande viagem ou o estudo dos filhos? Nesse caso, vale procurar uma corretora, fazer o teste de perfil de investidor e decidir pelo destino mais adequado ao seu dinheiro, que pode ser desde a caderneta de poupança até ações ou fundos de ações.

5. Cuidado com os gastos por impulso

Nada de comprar para impressionar clientes e amigos. Pense primeiro na sua saúde financeira. Outra preocupação pode ser o período de férias – para quem não tem renda fixa o momento de descanso mal planejado pode render dores de cabeça. Pense bem para que a folga coincida com uma época de pouca demanda no seu setor (assim você não reduz os ganhos além da conta) e evite descontroles.

Seguindo todos esses passos, a situação tem tudo para ficar equilibrada. Quer uma dica extra? Forme uma reserva com seis vezes seus gastos mensais, para poder recorrer a ela em momentos de “vacas magras”. Assim, você ganha também liberdade para tomar decisões estratégicas em sua vida pessoal, como mudar de representação se outra oportunidade melhor surgir – e certamente evitará entrar no vermelho.

O que você faz para equilibrar as finanças mesmo com ganhos variáveis? Aguardamos suas sugestões nos comentários!

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